Sendo Muitos Seremos Fortes 

Por Antônio Viola

No dia 31 de outubro de 2018, comemoramos um ano de gestão da nova diretoria do SINDMUSI-MG. Numa vitória histórica, nossa chapa, formada com o cuidado de ser amplamente representativa, contemplando os diversos campos de atuação nos quais se divide o trabalho de músico, assumiu a frente do Sindicato, o órgão de representação por excelência de uma categoria profissional.

Assumimos a entidade, após décadas de administrações desinteressadas e distantes da base e de suas demandas, com a disposição de quem quer recuperar o tempo perdido. Nos primeiros meses, como já prevíamos, foi necessário um amplo trabalho de organização interna, básica, que envolveu desde os trâmites burocráticos de regularização junto ao Ministério do Trabalho, registros em cartório, regularização de conta bancária etc., até a contratação de funcionários, de um escritório de contabilidade e de assistência jurídica, peças essenciais para um funcionamento minimamente eficiente. Faltava-nos até mesmo um sistema de arrecadação das mensalidades dos associados, o que teve de ser desenvolvido.

É muito importante ressaltar que assumimos a direção do Sindicato num período da história do nosso País especialmente grave para os trabalhadores, vítimas de uma “Reforma” Trabalhista que, ao contrário do que se apregoava, trouxe mais desemprego.  Tudo isso ao custo de precarização nas relações de trabalho, tendo sido a classe trabalhadora perversamente penalizada com a perda de direitos e garantias. Como se não bastasse, os sindicatos, representantes legais da organização coletiva, foram (e estão sendo) duramente atacados. Do ponto de vista econômico, o fim do imposto sindical, através do qual os trabalhadores financiavam sua representação sindical com o valor de um dia de trabalho por ano, foi uma tentativa do governo de inviabilizar a existência (e sobrevivência) das entidades. 

Sabemos que, em sua grande maioria, os músicos já vivem uma realidade de extrema precarização nas relações de trabalho. Poucos são os que têm emprego fixo. Essa nova realidade nos leva, portanto, à precarização da precarização. Por outro lado, é justamente diante desse quadro nada favorável que se torna mais imprescindível a união de esforços para conquistarmos uma rede de proteção e solidariedade.

Assistência jurídico-trabalhista, convênios médicos e outros, bem como a luta para o estabelecimento uma tabela de preços por serviço que seja ao mesmo tempo minimamente justa e realista; pelo couvert-artístico revertido integralmente para os músicos e por políticas de valorização da nossa atividade em todas as suas vertentes são conquistas possíveis. Mas para isso, faz-se necessária uma campanha de sindicalização massiva, que abranja também o interior do estado, tão esquecido pelas gestões anteriores. SENDO MUITOS, SEREMOS FORTES!

Esta será a tarefa maior do SINDMUSI-MG no segundo ano da atual gestão.

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